Dona Joaninha saltos altos
Exibida a caminhar
Escorregou feio, a coitadinha
Caiu na lata de tinta
Ficou tão atordoada a pequenina
Pensou perder suas pintas
Numa lata de sardinha

Tal foi seu desespero
Que caiu no exagero
De contratar o grilo Zezão
Para tão difícil missão
Após horas de buscas constantes
A joaninha deu um chilique
- Sem minhas pintinhas não vivo
- Minhas vistas já escurecem
- Não consigo respirar!
- Todo o meu ser padece!

Entre piruetas e malabarismos
Deu um rodopio esquisito
Desmaiada no chão foi parar
Com pose de super star
O seu grilo cricrilando,
Saltitando, grilificando
Pôs-se no mundo a gritar
- Salvem a dona Joaninha
- Sem suas pintas não pode ficar

Dona Barata que de longe assistia
Calmamente, a confusão
Pegou um balde bem grande
Com boa medida de água
Esponja e sabão
A qual despejou com vontade
Sobre a joaninha em faniquitos
Esfregou-lhe a cara, barriga
Asas, antenas, ouvidos
Entre gritos e lambança
De dona Joaninha
E para o desespero
Da curiosa vizinhança

Retirando toda a tinta
Pretinhas as pintas surgiam
- Pronto dona Joaninha
Suas pintinhas todas de volta
Já chega de tanta loucura
Pois há tempos
Que um bom banho cura
Sujeira, preguiça e frescura.

Um comentário:

Lídia Valéria disse...

Caríssima escritora Simone, continuarei visitando seu espaço de tão lindas inspirações. Se me conhecesse saberia o porquê de mais uma vez estar por aqui, em suas histórias. Que encanto. Me cativa.

Escreva um livro infantil. Será sucesso.

Abraço amigo.

* O blog de meu filho escritor, Glauco, é tothblog.com e está no meu blog. Dê uma espiadinha, assim a receberei novamente.

Insisto em recebê-la em minha casa.
Somos de Brasília, ora...
Uma visita amiga sempre é motivo para ficarmos mais perto da felicidade.